terça-feira, julho 05, 2005

A cultura deste país...Ballet Gulbenkian e Strip-tease

"A Fundação Calouste Gulbenkian (FCG) anunciou terça-feira que vai extinguir a sua Companhia de Dança criada há 40 anos e adaptar a intervenção nesta área às novas realidades." (in Diário Digital).

- Será que as "novas realidades" se prendem com o facto (sucesso?!...) de o " primeiro Salão Erótico de Lisboa, de quinta-feira a domingo passado, ter tido mais de 35 mil visitantes, de acordo com os números da organização divulgados esta terça-feira."?

- Será que, a adaptação da Gulbenkian à sociedade actual estará relacionada com os motivos de sucesso do dito salão que, (in diario gitital) "se deveu a uma oferta diversificada de conteúdos, com cerca de 300 espectáculos por dia, incluindo sessões de striptease"?....
- Será que é a isto que a gulbenkian se refere quando afirma que «Quarenta anos depois, o panorama da dança em Portugal alterou-se profundamente» no que se refere à «criação, acesso ao reportório internacional e formação profissional», acrescenta. Será esta a verdadeira Dança contemporânea, o strip, que até já merece horário nobre numa quinta dita de celebridades?...
O que me preocupa, como beneficiário (até agora...) da imagem de "macho latino portuguÊs" é o facto de, no dito salão ter havido "alturas em que se esgotaram os vibradores (...) e de que os filmes pornográficos foram também dos produtos mais procurados, nomeadamente os bizarros, como sexo com animais (será de denunciar À QUERCUS?) ou sadomasoquismo" (já me chega o governo...e o (curto) salário ao fim do mês).
P.s: Os sr.s da gulbenkian mencionam ainda a "necessidade de criação de condições para o bailado em Portugal e anuncia «modalidades alternativas (??????Strip?) que constituirão a base de um programa de [sua] intervenção» na dança." Será que terem ido ao salão do sexo lhes fez mesmo bem?....

domingo, julho 03, 2005

Carta ao Primeiro- Ministro (não sou o autor...mas partilho da ideia!)


Caro Sr. Primeiro-Ministro :

Venho por meio desta comunicação manifestar meu total apoio ao se esforço

de modernização do nosso país. Como cidadão comum, não tenho muito mais

oferecer além do meu trabalho, mas já que o tema da moda é Reforma

Tributária, percebi que posso definitivamente contribuir mais.


Vou explicar:

Na actual legislação, pago na fonte 31% do meu salário (20 para o IRS e

11% para a Segurança Social).

Como pode ver, sou um cidadão afortunado.

Cada vez que eu, no supermercado, gasto o que o meu patrão me pagou, o

Estado, e muito bem, fica com 19% para si (31+19P)

Sou obrigado a concordar que é pouco dinheiro para o governo fazer tudo

aquilo que promete ao cidadão em tempo de campanha eleitoral.

Mas o meu patrão é obrigado a dar ao Estado, e muito bem, mais 23,75%

daquilo que me paga para a Segurança Social. E ainda 33% para o Estado

(50+23,75+336,75).

Além disso quando compro um carro, uma casa, herdo um quadro, registo

os meus negócios ou peço uma certidão, o Estado, e muito bem, fica com

quase metade das verbas envolvidas no caso.

Minha sugestão, é invertermos os percentuais. A partir do próximo mês

autorizo o Governo a ficar com 100% do meu salário.

Funcionaria assim: Eu fico com 6,75% limpinhos, sem qualquer bónus mas o

Governo fica com as contas de:

- Despesas Escolares,

- Seguro de Saúde,

- Despesas com médicos,

- Medicamentos,

- Materiais escolares,

- Condomínio,

- Água,

- Luz,

- Telefone,

- Energia,

- Supermercado,

- Gasolina,

- Vestuário,

- Lazer,

- Portagens,

- Cultura,

- Contribuição Autárquica,

- IVA,

- IRS,

- IRC,

- Imposto de Circulação

- Segurança Social,

- Seguro do carro,

- Inspecção Periódica,

- Taxas do Lixo, reciclagem, esgotos e saneamento

- E todas as outras taxas que nos impinge todos os dias.

- Previdência privada e qualquer taxa extra que por ventura seja

repentinamente criada por qualquer dos Poderes Executivo, Legislativo e

Judiciário.

Um abraço Sr. Primeiro-Ministro e muito boa sorte, do fundo do meu

coração!

Ass: Um trabalhador que já não mais sabe o que fazer para conseguir

sobreviver com dignidade.

domingo, junho 26, 2005

Nasceu o "A metro (ideias que saem...)"


Pois...ao metro é mais barato, diz o povo e com razão. Também é mais rápido, mais emotivo, menos reflectido, menos exigente e mais perto do coração que do cérebro.
Por vezes não apetece pensar muito, apenas expressar o que se sente, o que nos faz ranger os dentes, ligar à terra e descarregar a fúria, a raiva e a frustração com que de bom grado inundariamos aqueles inantigiveis que nos massacram a bendita paciência no dia-a-dia (patrão, políticos, chatos, corruptos, bur(r)ocratas, o mecânico, o colesterol, os kilos a mais e a vizinha de baixo, etc., etc..) ...
Assim é este Blog, com reflexões a metro, sentidas, emocionadas, sem citações bibliográficas ou frias análises...um registo de paixões e raivas...matéria prima para depois reflectir, em outro momento, com menos calor, menos raiva, menos angústia e menos paixão...e talvez mais razão.
Todos os contributos são bem vindos. A metro, a centímetro ou a KM, se a raiva e a frustração for muita!